segunda-feira, 5 de abril de 2010

Rubrica

Chamam-lhe Inverno Demográfico e tem abalado os países europeus como se de uma tempestade enorme se tratasse.

Desde a década de 60, sensivelmente, que os países europeus têm registado uma quebra enorme na natalidade. Os gráficos demográficos não nos enganam a este respeito, tornando evidente que o número de crianças a nascer é muito inferior ao número de adultos e, nalguns casos, ao de idosos.

Deverá este assunto preocupar-nos? A resposta não podia ser mais positiva. Aliás, países como a França, a Alemanha, a Suécia ou a Finlândia, temendo os efeitos negativos deste Inverno, têm lançado medidas natalistas que pretendem aumentar o número de nascimentos.

Em Portugal, o índice de filhos por mulher, em 2008, foi de apenas 1,37, quando, em França, o país da Europa onde se tem mais filhos, cada mulher teve, em média, 2,2 bebés, segundo dados do Eurostat. Vemos, pois, que o número de nascimentos em Portugal é inferior a países que já há décadas procuraram investir nos apoios à família e à maternidade. É exemplo disso a possibilidade de a mãe ou o pai poderem estar em casa com os seus filhos, sendo-lhe pago parte do seu ordenado, ou de lhe ser pago um abono merecedor desse nome.

Teremos, porque o problema também nos afecta, medidas similares a estas, em breve, no nosso país? Como referiu o Presidente da República, Cavaco Silva: «Um país sem crianças é um país sem futuro.»

Fazemos votos de que Portugal se empenhe nesta causa, pois sabemos que… as Crianças valem a pena!
(Rubrica Rádio Costa D'Oiro - 2/02/2010)

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