segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Agradecimento

O "não" saiu derrotado. É um facto: 40,75% dos votos “não” contra 59,25% dos votos “sim”.

A partir de hoje, em Portugal, toda e qualquer mulher grávida, pode pedir uma "interrupção voluntária da gravidez", por sua e exclusiva vontade, com todos e nenhuns motivos, nas primeiras dez semanas de gestação, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado, protegida pela Lei, paga pelos impostos dos contribuintes.

Lutei, com os meios que estavam à minha disposição, pelo "não", à pergunta deste referendo. Saio desta luta desiludida e muito apreensiva quanto ao futuro do meu país, da União Europeia, da Europa e do Mundo, pois vejo que as prioridades tomam outros rumos que não a defesa dos Direitos Humanos, a verdadeira defesa do Ser Humano.

Não acredito que sejamos muito mais beneficiados com uma Lei que desprotege, por completo, o feto até às 10 semanas de gestação, que não dá alternativas à mulher, que não a apoia, que não considera a posição do homem-pai, etc., etc., etc.

Não obstante, não vai ser a derrota, nem muito menos “o meu novo direito” (sim, eu sou mulher, e tenho um direito novo…!), que me vai deixar alheia às injustiças políticas e sociais que a Sociedade do novo século leva como estandarte e sua glória.

No que for para dizer “sim”, cá estarei, no que for para dizer “não”, também. É uma questão de consciência!

A todos os que se uniram a esta luta, o meu apreço, a minha admiração e o meu muito obrigada.

Uma última questão: Como será o século XXI?

Aquilo que quisermos que ele seja. Está nas nossas mãos.

1 comentário:

pedro almeida disse...

Retribuo-te o agradecimento e envio-te um abraço com força para persistires no teu caminho. Não estás sozinha.