A pergunta do referendo era "clara": por opção da mulher, o que quer dizer que a "vontade" da mulher chega para se realizar um aborto até às 10 semanas.
Muitos apoiantes do "sim" advogaram, em campanha, um período de aconselhamento obrigatório, entre outras medidas, que poriam o nosso sistema ao lado dos melhores sistemas europeus nesta matéria, como o alemão. A campanha não esclareceu devidamente estas nuaces, sendo que a comunicação social nos traz, devolvidas, notícias como estas:
O líder parlamentar do PS reiterou hoje a oposição da maioria socialista ao aconselhamento obrigatório para as mulheres que pretendam realizar um aborto até às dez semanas, considerando que este mecanismo colocaria em causa «a livre decisão autónoma» da mulher.
É esta a liberdade e a autonomia, a das mulheres deixadas ao Deus dará, à solidão, sem alternativas, sem ajuda, sem outras opções. É pena que Portugal não tenha dado conta disto antes. Depois do mal feito...
Com a vitória do "sim", urge encontrarem-se medidas que apoiem a mulher grávida na "sua decisão" de abortar, procurando outras saídas possíveis. O aborto deixa sequelas físicas e psíquicas graves! Até apetece perguntar se somos mesmo todos contra o aborto.
Em "Alameda Digital": O NÃO disse que a pergunta era para liberalização do aborto, sem regras nem limites, que não o prazo e a vontade da mulher.
sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007
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