segunda-feira, 9 de abril de 2007

Um alerta muito antigo...

O Ministério da Educação está a deixar de lado mais de 70 mil alunos com necessidades educativas especiais (NEE). O alerta é do professor catedrático e investigador em Educação Especial, Luís de Miranda Correia, que, numa carta aberta a Maria de Lurdes Rodrigues, considera que as políticas ministeriais estão a deixar este sector "à beira de um ataque de nervos". O atendimento aos alunos com NEE está, defende, num "estado calamitoso". (Ver a notícia aqui.)

A notícia do Diário de Notícias de hoje não é nova.

O professor Luís Miranda, entre outros professores, há muito que se debate pela educação dos chamados alunos com N.E.E. Contudo, o problema, em Portugal, não é somente o da integração dos alunos com N.E.E. num ensino especial. O problema coexiste com a falta de preparação dos docentes para trabalharem com os diferentes alunos (dislexia, disortografia, disgrafia, discaculia, síndrome de Asperger, hiperactividade, défice de atenção e memória, problemas sociais, etc.). Assiste-se, porém, ao paradoxo de haver professores formados e preparados nestas áreas, sem poderem leccionar... (Ainda não percebi porquê!)

A falta de autonomia das escolas no recrutamento de professores, dependendo das suas necessidades, e a falta de um trabalho mais directo com a comunidade e com a família são também problemas que interferem (in)directamente com a falta de apoio pedagógico a alunos, cuja aprendizagem está fora da dita "normal".

O problema é mais antigo do que as pessoas pensam. Quem vai ser o corajoso a pegar-lhe decentemente?

Algumas medidas do M.E., aqui.

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