Mais atenta e desperta para as informações, notícias, actividades e discursos que marcam o Voluntariado desde a abertura deste blogue, não posso deixar de me surpreender com a evolução (ainda que pouca), do Voluntariado na Sociedade Portuguesa.
A expressão mais nítida do Voluntariado organizado, com objectivos bem delineados e claros é, sem sombra de dúvidas, o Voluntariado dos Bombeiros e dos Hospitais (com mais tradição e tempo de existência), e, de seguida, o Voluntariado das Organizações Não Governamentais (Portugal é um dos países com maior número destas organizações!), como são exemplo a Assistência Médica Internacional ou os Leigos para o Desenvolvimento. Apesar da existência de grupos, para além dos citados, mais ou menos empenhados na causa do Voluntariado, como sejam já alguns Bancos de Voluntariado, grupos paroquiais e missionários (quase sempre confessionais), e grupos de jovens universitários, não se pode dizer que o Voluntariado seja suficientemente estruturado e dinâmico, no nosso país. A invisibilidade do trabalho voluntário, a carência de estudos de investigação com a aplicação à Gestão de Recursos Humanos, à Ética, à Moral, à Psicologia, à Educação, etc., denuncia a falta de expressão do Voluntariado e de que algo não anda bem. Ninguém ousa desmentir que é uma prática nobre, mas ela continua invisível. Demasiado invisível!
A nível governamental, o apoio, nesta matéria, não é muito encorajador. A criação do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado marcou, talvez, o primeiro passo da promoção do Voluntariado a nível nacional, em diversas áreas, impulsionando a criação de Bancos de Voluntariado em todos os concelhos. Só no Ano Internacional do Voluntário, o Estado tomava maior consciência da importância do serviço voluntário nas Comunidades. Mas, verdade seja dita, o Voluntariado não é tema que entre no discurso político.
Foi justamente por causa da ausência deste tema na política que ultimamente não pude deixar de ficar admirada com o “Voluntariado” em discursos políticos.
No dia 25 de Abril, o Presidente da República, aquando do seu discurso na Assembleia da República, dirigiu aos Jovens um discurso que tocou a dicotomia participação/alheamento. No campo da participação, o “Voluntariado” integrou aquele discurso nas seguintes palavras: «Deparei com inúmeros exemplos, alguns deles comoventes, de jovens que participam em actividades de Voluntariado, oferecendo o seu tempo ao serviço dos que mais precisam.». E, ontem, li nas notícias que o partido do CDS-PP “vai constituir «grupos de missão» para avaliar um conjunto de políticas”, entre elas o “Voluntariado”, “matéria que Portas considera estar esquecida na agenda nacional.”.
A expressão mais nítida do Voluntariado organizado, com objectivos bem delineados e claros é, sem sombra de dúvidas, o Voluntariado dos Bombeiros e dos Hospitais (com mais tradição e tempo de existência), e, de seguida, o Voluntariado das Organizações Não Governamentais (Portugal é um dos países com maior número destas organizações!), como são exemplo a Assistência Médica Internacional ou os Leigos para o Desenvolvimento. Apesar da existência de grupos, para além dos citados, mais ou menos empenhados na causa do Voluntariado, como sejam já alguns Bancos de Voluntariado, grupos paroquiais e missionários (quase sempre confessionais), e grupos de jovens universitários, não se pode dizer que o Voluntariado seja suficientemente estruturado e dinâmico, no nosso país. A invisibilidade do trabalho voluntário, a carência de estudos de investigação com a aplicação à Gestão de Recursos Humanos, à Ética, à Moral, à Psicologia, à Educação, etc., denuncia a falta de expressão do Voluntariado e de que algo não anda bem. Ninguém ousa desmentir que é uma prática nobre, mas ela continua invisível. Demasiado invisível!
A nível governamental, o apoio, nesta matéria, não é muito encorajador. A criação do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado marcou, talvez, o primeiro passo da promoção do Voluntariado a nível nacional, em diversas áreas, impulsionando a criação de Bancos de Voluntariado em todos os concelhos. Só no Ano Internacional do Voluntário, o Estado tomava maior consciência da importância do serviço voluntário nas Comunidades. Mas, verdade seja dita, o Voluntariado não é tema que entre no discurso político.
Foi justamente por causa da ausência deste tema na política que ultimamente não pude deixar de ficar admirada com o “Voluntariado” em discursos políticos.
No dia 25 de Abril, o Presidente da República, aquando do seu discurso na Assembleia da República, dirigiu aos Jovens um discurso que tocou a dicotomia participação/alheamento. No campo da participação, o “Voluntariado” integrou aquele discurso nas seguintes palavras: «Deparei com inúmeros exemplos, alguns deles comoventes, de jovens que participam em actividades de Voluntariado, oferecendo o seu tempo ao serviço dos que mais precisam.». E, ontem, li nas notícias que o partido do CDS-PP “vai constituir «grupos de missão» para avaliar um conjunto de políticas”, entre elas o “Voluntariado”, “matéria que Portas considera estar esquecida na agenda nacional.”.
Será que ao ouvir, pelo menos, a palavra “Voluntariado”, nos discursos políticos, ele vai começar a tomar rumos diferentes daqueles que tiveram até aqui? Estaremos a entrar numa nova fase do Voluntariado? Estaremos no início da divulgação, ampliação e reconhecimento social do trabalho voluntário?
Se estamos ou não, não sei (gostava de ser mais optimista nesta matéria do que costumo ser…), e achar que sim. O que sei é que é necessário promover o Voluntariado junto das pessoas, sobretudo dos jovens, e criar grupos de Voluntariado locais, sem se chegar à sua partidarização ou à confusão com outras terminologias, tais como Serviço Cívico ou Serviço Social. Muita gente, ao contrário da corrente utilitarista e desumana em que a Sociedade se vai afundando, deseja empenhar-se a sério no trabalho voluntário organizado, nas mais diversas áreas, porém não dispõem de uma estrutura base que possam integrar.
A organização do Voluntariado, quer a nível nacional, quer local, não é uma tarefa dispendiosa, difícil ou morosa. Exigirá, na verdade, formação, boa gestão de recursos humanos e financeiros, e reconhecimento social. É aqui que a política, a arte de governar a polis/cidade entra, ajudando à organização.
O Voluntariado, depois da abertura deste blogue entrou no discurso político. Por isso, vou estar atenta com o que vão fazer com ele...
Texto publicado no blogue Voluntariado Nova Geração.
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