Não, claro que não. Essa não é uma política para aplicar em Portugal. Nós somos o eterno país em que a escolaridade obrigatória é-o a pagar, desde manuais escolares até refeições.
De repente, pensei que os manuais iam ser gratuitos para todos os alunos, mas não, é só mais uma medida que, para a bolsa das famílias, não vem mudar muito. É pena. Julgava que era agora que íamos começar a mudar a rota ao sistema... (Ver aqui.)
3 comentários:
Ao menos, e ao que li, passará a haver uma maior estabilidade no corpo compendial, isto é, o mercado (cobiçado)especulador dos manuais escolares vai abrandar.
O que muitas vezes me dói é o desprezo de milhares de alunos que carregam um peso estranho à costas e ao qual não dão qualquer valor, mas que custou caríssimo aos pais.
E, agora que falo, nem é só isso: é a mochila nova e inútil, os cadornos novos e supérfluos, o estojo moderno e fútil...Só uma coisa não se renova: a idiotice ignóbil de muitos alunos. Espero que isto não soe demasiado sarcástica, porque nem sequer deu para o motor aquecer...
Se calhar vou chocar-te mas arrisco. Sou contra os manuais gratuitos. Tudo o que não custa não é valorizado. Há alunos que não estão atentos, não ouvem, não trabalham nas aulas mas fazem exactamente o contrário nas explicações. Para perceberes melhor a minha posição vou mandar-te uma crónica minha.
Beijinhos e um bom fim de semana. Eu vou para fora (cá dentro...)
G.P.
Não concordo. Tudo depende do modo como perspectivamos ou rentabilizamos os recursos materiais.
Na França e na Finlândia (falo do que sei), os manuais escolares são dados aos alunos, sendo que, no final do ano lectivo, os alunos têm de os restituir à escola.
Os manuais escolares são caríssimos e uma melhor rentabilização deles poderia, não só ajudar as famílias, como tornar o nosso ensino gratuito, no caso do ensino obrigatório.
Um dos grandes problemas de Portugal é a má gestão, quer dos recursos humanos, quer dos recursos materiais. O material escolar é um pequeníssimo exemplo. Na Finlândia (onde já dei aulas), os alunos tinham apenas de comprar os cadernos de exercícios. De resto, tudo lhes era dado, desde cadernos, manuais escolares a lápis e borrachas. Os alunos tinham só o indispensável. E assim era que até as provas eram feitas a lápis (ninguém ousava ser desonesto!), e os alunos quase nem escreviam a caneta. Quando os meus alunos enviaram cartas para Portugal, tive de lhes explicar que deveriam escrevê-las a caneta, a preto ou a azul!
Quanto ao que dizes das explicações, infelizmente, é verdade. Elas são o exemplo nítido da perversidade e da falta de Ética a que o ensino chegou. Enfim, um dos muitos sintomas de que alguma coisa não anda bem: nem os professores ensinam, nem os alunos aprendem.
Ficarei à espera da crónica que, como sempre, adorarei ler (nem que não concorde com ela!).
Beijinhos
P.S.
Eu também vou para fora cá dentro, apesar das viagens a Palma de Maiorca estarem mais baratas... Há que investir na Nação!!! ;)
Enviar um comentário