segunda-feira, 5 de abril de 2010

Rubrica

«Há homens que obrigam todos os outros homens a reverem-se por dentro...». – este é um desabafo de Sousa Falcão na peça Felizmente Há Luar!, de Luís de Sttau Monteiro. Há, na verdade, homens e mulheres que, pelo seu exemplo de ousadia, luta, fé e coragem obrigam todos os outros a porem-se em causa e a questionarem-se por dentro.
A História legou-nos, em todas a Culturas, homens e mulheres fantásticos, capazes de enfrentar preconceitos, de lutar pelo Bem-Comum e pela Vida com convicção e doação incomparáveis.
Incapaz de ver sofrer outro ser humano, realidade nua e crua que presenciou na Batalha de Solferino, Henry Dunant organizou um hospital de socorros, auxiliando todos os que necessitassem de ajuda, independentemente da sua nacionalidade. Propôs, posteriormente, a criação de sociedades nacionais voluntárias de socorro, travando um combate incansável para convencer os Estados a autorizarem uma sociedade de socorro para cuidar dos soldados feridos no campo de batalha.
Henry Dunant foi, assim, o mentor e fundador de um dos movimentos mais conhecidos na História: a Cruz Vermelha e o Crescente Vermelho. No nosso país, o movimento integra também uma secção da Juventude.
A Cruz Vermelha rege-se por seis princípios fundamentais que lhe dão vida: a imparcialidade, a neutralidade, a independência, o voluntariado, a unidade e a universalidade.
O mesmo espírito solidário e humanista que moveu Henry Dunant, premiado com o Nobel da Paz, em 1901, continua há mais de um século, a suscitar o interesse de muitos que dando a sua vida, dão vida a outros humanos. É a força do altruísmo e do voluntariado, sementes de bem insubstituíveis, na luta pela Vida.

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