A Juventude Socialista (JS) vai propor no Parlamento um sistema de empréstimo de manuais escolares gerido pelo Estado para que esta despesa das famílias seja residual, anunciou hoje aquela estrutura.
A proposta da JS, de acordo com o secretário-geral, Pedro Nuno Santos, prevê um sistema de empréstimo, gerido pelo ministério da Educação, em que as famílias requisitam os manuais escolares por um "valor baixo" e os devolvem no final do ano lectivo.
"O que acontece neste momento é que o Estado comparticipa, nuns casos parcialmente e noutros completamente, as despesas das famílias com manuais escolares. Há um desperdício efectivo porque no final do ano lectivo esses manuais já não vão servir", destacou.
Sublinhando que a proposta irá ser apresentada ao grupo parlamentar do PS e também ao Governo, Pedro Nuno Santos defendeu que o sistema de empréstimo permitiria reduzir "de forma drástica" a despesa das famílias.
Pedro Nuno Santos, que falava à Lusa no final da reunião do Secretariado Nacional da JS, destacou, entre as prioridades políticas para o próximo ano político, "o combate aos falsos recibos verdes" e "à proliferação de estágios não remunerados" nas empresas.
Ainda no âmbito escolar, a JS vai propor um "reforço significativo, no próximo Orçamento do Estado, das verbas destinadas à acção social escolar e a fixação, na lei de financiamento do ensino superior, "de um nível de propinas para o segundo ciclo igual ao do primeiro ciclo".
"Não é aceitável que muitos alunos se vejam impedidos de prosseguir os seus estudos no final do primeiro ciclo por incapacidade económica para fazer face às propinas fixadas livremente pelas instituições de ensino", considerou a JS, em comunicado.
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